Como cirurgiã plástica me sinto responsável em publicar algumas informações a respeito das próteses de silicone da marca PIP.
Para um maior esclarecimento para as minhas pacientes informo que nunca utilizei essa marca de implantes, não havendo assim a necessidade de uma nova intervenção cirúrgica no momento.
Segue abaixo o texto, retirado da internet, referente às proteses da marca PIP para uma melhor compreensão dos fatos:
Paris, 2 jan (Prensa Latina) O escândalo das próteses de silicone para mama defeituosas continua hoje na França onde, segundo as mais recentes revelações, os implantes contêm um aditivo para combustíveis, entre outros componentes perigosos à saúde.
Antigos funcionários da Poly Implant Prothése (PIP), fechada em 2010, declararam à rádio RTL que os fabricantes utilizavam na produção os aditivos Baysilone, Silopren e Rhodorsil, empregados na indústria da borracha.
Esses produtos poderiam ser a causa do rompimento dos implantes de silicone, afirmam as fontes.
O advogado da PIP, Yves Haddad, negou as acusações e declarou que o presidente fundador da companhia, Jean-Claude Mas, sairá de seu silêncio na próxima semana e oferecerá explicações.
Em dezembro, as autoridades francesas recomendaram todas as mulheres que tiveram implantadas próteses PIP a submeterem-se a uma nova cirurgia para retirá-las, depois de comprovar que o silicone utilizado para sua fabricação era de uso industrial e não médico.
Investigações realizadas aqui demonstraram que os implantes elaborados com esse gel costumam romper duas vezes mais que o normal e causam irritação e inflamação dos tecidos.
De acordo com a Agência de Produtos Sanitários, na França foram registradas 1.143 rupturas e 495 casos de reações inflamatórias.
Embora 20 mulheres com próteses da PIP tenham apresentado câncer, não se estabeleceu que estes casos sejam relacionados diretamente com o silicone.
O fundador da PIP é investigado judicialmente por "engano agravado" e "homicídios involuntários".
A Poly Implant Prothése chegou a produzir até 100 mil próteses no ano, 84 por cento das quais foram exportadas, sobretudo na Europa, Estados Unidos e América Latina.
Estima-se que no mundo entre 400 e 500 mil mulheres portam estas próteses prejudiciais à saúde.